A Musicoterapia é um fabuloso remédio para o nosso bem-estar!
Como já dizia esse sábio provérbio popular, de origem portuguesa: “Quem canta seus males espanta!

A musicoterapia é uma prática que utiliza a música como ferramenta terapêutica para promover o bem-estar físico, emocional e social. Suas origens remontam à Antiguidade, quando os gregos  acreditavam que a música tinha poderes curativos.

No século XIX, a terapia com música começou a ser desenvolvida de forma mais sistemática, com o trabalho de médicos e psicólogos que investigavam os efeitos da música na saúde.
No século XX, ela se consolidou como uma profissão regulamentada, com a criação de associações e escolas de formação de musicoterapeutas.

A música é uma linguagem universal que pode ser compreendida por pessoas de todas as idades, culturas e condições físicas e psicológicas, pois a música é capaz de acessar emoções profundas e de promover a comunicação e a conexão entre as pessoas.

A musicoterapia pode ser utilizada para tratar uma variedade de condições de saúde, incluindo dor, ansiedade, depressão, doenças crônicas e transtornos do desenvolvimento. Essa terapia também pode ser utilizada para melhorar as relações interpessoais, aumentar a auto-estima e promover a inclusão social.

Musicoterapia: a arte de curar com a música
Acervo: Canva

Música como cura: uma tradição milenar

A crença de que a música pode curar é uma tradição milenar que pode ser encontrada em diversas culturas ao redor do mundo. Na Antiguidade, os gregos acreditavam que a música tinha poderes curativos e era utilizada para tratar uma variedade de doenças, incluindo dor, ansiedade e depressão.
Os chineses também utilizavam a música para fins curativos, acreditando que ela podia equilibrar as energias do corpo.

Na Idade Média, a música era utilizada em hospitais para aliviar o sofrimento dos doentes. No século XVII, o médico inglês Richard Browne publicou um livro chamado “Musica Aeterna”, no qual defendia o uso da música para tratar doenças físicas e mentais.

No século XX, o compositor alemão Carl Orff desenvolveu um método de educação musical, que utilizava a música para promover o desenvolvimento físico, emocional e social das crianças.
Juntamente com um amigo, que era professor de educação física, desenvolveu vários instrumentos de percussão, conhecidos hoje como Instrumentos Orff. Nessa ocasião surgiram os Xilofones, Metalofones e Jogos de Sinos. O método Orff é ainda hoje utilizado em escolas de todo o mundo. Durante a II Guerra, sua escola foi destruída.

No século XX, a musicoterapia começou a ser reconhecida como uma profissão.
Em 1950, foi fundada a Associação Americana de Musicoterapia (AMTA), que é a principal organização profissional de musicoterapeutas nos Estados Unidos.

A Música como Linguagem Universal

A música é uma linguagem universal que pode ser compreendida por pessoas de todas as idades, culturas e condições físicas e psicológicas, pois ela é capaz de acessar emoções profundas e de proporcionar a comunicação e a conexão entre as pessoas.

A música é uma forma de arte que pode ser utilizada para expressar sentimentos, emoções e experiências. Ela também pode ser utilizada para possibilitar e estimular a criatividade e o autoconhecimento.

A música pode favorecer a conexão social, a comunicação e a inclusão.

A musicoterapia como prática interdisciplinar

A musicoterapia é uma prática interdisciplinar que integra a música, a psicologia e a educação. O musicoterapeuta é um profissional que é formado em musicoterapia e que possui conhecimentos em psicologia e educação.

A musicoterapia pode ser utilizada em conjunto com outras terapias, como a terapia cognitivo-comportamental, a terapia ocupacional e a fisioterapia.

Os Benefícios da Musicoterapia para o Corpo

A musicoterapia pode promover uma variedade de benefícios para o corpo, incluindo a redução da dor física, a melhoria da função motora e o aumento do bem-estar geral, porque a música ativa diferentes áreas do cérebro.

Redução da dor física

A música pode diminuir a dor física, tanto aguda quanto crônica, ao estimular a liberação de endorfinas no sistema límbico, que é uma área do cérebro responsável pelas emoções e pelo processamento da dor. As endorfinas são substâncias químicas naturais que atuam como analgésicos.
A música também pode reduzir a ansiedade e o estresse, contribuindo assim, para a redução da percepção da dor.

Melhoria da função motora

A música pode melhorar a função motora, especialmente em pessoas com deficiências físicas,  estimulando a atividade neural nas áreas do cérebro responsáveis pelo controle motor. Ela também pode ajudar as pessoas a se concentrarem em seus movimentos e a melhorarem sua coordenação.

Promoção do bem-estar geral

A música pode promover o bem-estar geral, incluindo a redução do estresse, da ansiedade e da depressão ao estimular a liberação de dopamina, que é uma substância química natural que está associada ao prazer e à recompensa. Ela também pode reduzir a atividade nas áreas do cérebro responsáveis pelo estresse e pela ansiedade.

Os Benefícios da Musicoterapia para a Mente

A musicoterapia pode trazer inúmeros benefícios para a mente, incluindo a redução do estresse e da ansiedade, a melhoria do humor e o aumento da concentração e da atenção, porque a música ativa diferentes áreas do cérebro.

Redução do estresse e da ansiedade

A música pode reduzir o estresse e a ansiedade estimulando a liberação de endorfinas, que são substâncias químicas naturais que atuam como analgésicos e antidepressivos, reduzindo também a atividade nas áreas do cérebro responsáveis pelo estresse e pela ansiedade.

Melhoria do humor

A música pode melhorar o humor ao estimular a liberação de dopamina, que é uma substância química natural que está associada ao prazer e à recompensa. Ela também pode reduzir a atividade nas áreas do cérebro responsáveis pela tristeza e pela depressão.

Aumento da concentração e da atenção

A música pode melhorar a concentração e a atenção em uma tarefa específica, bloqueando distrações externas. Ela também pode ajudar as pessoas a se concentrarem em seus pensamentos e sentimentos, o que pode ser útil para a resolução de problemas e a tomada de decisões.

Os Benefícios da Musicoterapia para as Emoções

A musicoterapia permite a expressão de sentimentos, o alívio de traumas e a melhora do bem-estar emocional, ativando diferentes áreas do cérebro.

Expressão de sentimentos

A música pode ser utilizada para expressar sentimentos de uma forma segura e saudável, ajudando as pessoas a darem voz às suas emoções. Ela também ajudará as pessoas a se conectarem com outras pessoas que estão sentindo emoções semelhantes.

Alívio do trauma

A música pode ser utilizada para aliviar um trauma emocional, ajudando as pessoas a lidarem com emoções difíceis e a desenvolverem estratégias de enfrentamento saudáveis.
 Ela também auxilia as pessoas a se reconectar com o mundo ao seu redor e a encontrar significado na vida.

Promoção do bem-estar emocional

A musicoterapia, ao estimular a liberação de dopamina e serotonina, melhora o bem-estar emocional, incluindo a redução da solidão e do isolamento social, ajudando as pessoas a se sentirem mais conectadas, seguras e felizes. Ela ajuda a desenvolver uma sensação de propósito e significado na vida.

A Musicoterapia como Ferramenta de Transformação

A música é uma linguagem universal que pode tocar a alma humana. Ela tem o poder de nos unir, nos curar e nos transformar. A musicoterapia pode ser utilizada para:

Melhorar a saúde física e mental

A Terapia com música pode ajudar a reduzir a dor, a ansiedade e a depressão. Ela também melhora o bem-estar geral e a qualidade de vida de pessoas com autismo, esquizofrenia e depressão.

Desenvolver habilidades e potencialidades

A música estimula a ampliação de habilidades motoras, cognitivas e sociais em crianças com atrasos no desenvolvimento. Ela também incentiva a criatividade e a expressão pessoal em pessoas de todas as idades.

Melhorar as relações interpessoais

 A música melhora a comunicação, a cooperação e a interação social em pessoas com deficiências físicas ou mentais. Ela também auxilia na inclusão social de pessoas de todas as idades e condições.

Aumentar a autoestima e a autoconfiança

A Terapia com música  melhora a autoestima e a autoconfiança em pessoas com problemas de imagem corporal, como transtornos alimentares. Ela também pode promover a resiliência e o enfrentamento em pessoas que sofreram traumas ou adversidades.

Promover a reabilitação e a inclusão

A música auxilia na reabilitação de pessoas com deficiências físicas ou mentais, ajudando-as a recuperar ou desenvolver habilidades perdidas. Ela também ajuda na inclusão social de pessoas com deficiências, ajudando-as a participar de atividades sociais e culturais.

Exemplos de como a musicoterapia tem transformado vidas:

  • Uma criança com autismo, que não falava, começou a cantar e a se expressar musicalmente após sessões de musicoterapia.
  • Um adulto com esquizofrenia, que sofria de ansiedade e isolamento social, passou a se sentir mais calmo e conectado com os outros após sessões de musicoterapia.
  • Um idoso com Alzheimer, que havia perdido a capacidade de se comunicar, começou a cantar as músicas de sua infância após sessões de musicoterapia.

Conclusão

A musicoterapia é uma prática que utiliza a música como ferramenta terapêutica para melhorar o bem-estar físico, emocional e social. A musicoterapia é uma terapia segura e eficaz que pode ser utilizada para pessoas de todas as idades, culturas e condições físicas e psicológicas.

A musicoterapia tem o potencial de estimular mudanças positivas na vida das pessoas, ajudando-as a melhorar sua saúde física e mental, desenvolver suas habilidades e potencialidades, melhorar suas relações interpessoais, aumentar sua auto-estima e autoconfiança e promover a reabilitação e a inclusão.

A pesquisa em musicoterapia está em constante crescimento, e os resultados mostram que a musicoterapia é uma terapia que pode ser utilizada para tratar uma variedade de condições de saúde.

O SUS, Sistema Único de Saúde, oferece a Musicoterapia como uma das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde.

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